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segunda-feira, 30 de julho de 2018

VOSTOK: Ep.#36 "POR QUE A CRIANÇA COZINHA NA POLENTA" (Aglaja Veteranyi)



Fala Galera!!!! Vídeo novo na área!!!!
Bora falar de literatura romena?!
Por que a criança cozinha na polenta é um romance autobiográfico da escritora romena Aglaja Veteranyi (1962-2002).
O livro é narrado por uma menina que nasceu em uma família circense. Seu pai é um palhaço, que não acredita em Deus e sonha em ser diretor de cinema. Sua mãe é uma acrobata que ganha a vida pendurado sobre os cabelos. 
Com uma linguagem poética, Aglaja tece um romance primoroso que vai tocar em temas como a perda da inocência até, abuso sexual, alcoolismo, sempre mostrando o pano de fundo a sua pátria, uma Romênia calada sobre o julgo de um ditador. Essa família, sem pátria fixa, sem uma terra que possa chamar “sua”, sobre o excursionismo pela Europa, descobre que a sua língua é a sua pátria.
A narradora tem um grande sonho: “se tornar uma estrela de cinema”. Esse livro registra a perda da ingenuidade de uma menina que diante de tantos problemas, resiste com a sua infância. Todavia, descobrindo o seu corpo, seu próprio mundo, vivendo fortes sentimentos, se vê absorvida pela grande ilusão que o mundo a oferece. Aglaja fixa na mente do leitor a imagética que essa obra oferece: “O descobrir”.
EDITORA DBA
TRADUÇÃO: Fabiana Macchi

segunda-feira, 9 de julho de 2018

VOSTOK: Ep.#34 "O PROJETO LAZARUS" (ALEKSANDAR HEMON)





Alguns escritores transformam
todo o sentimento de desespero, fragilidade, sofrimento em humor como forma de
tornar o mundo suportável; outros adotam o humor, a piada para revelar o
sofrimento, e, Aleksandar Hemon integra o seleto grupo de escritores que fazem
isso com maestria.
Aleksandar Hemon nasceu em
1964 em Sarajevo (Bósnia),mas desde 1992 vive nos EUA. Entrou como turista e
acabou ficando devido a eclosão da guerra na Bósnia. Estreou como romancista
com o livro “E o Bruno?” no ano de 2000.
O projeto Lazarus (2008) foi
eleito pela revista New York como o livro do ano. O livro é uma notável crônica
sobre perda, desespero e crueldade.
O ponto de partida para a
história é um acontecimento trágico que ocorreu em Chicago no ano de 1908, onde
um jovem imigrante do leste europeu: Lazarus Averbuch de 19 anos que é morto a
tiros por um delegado que o acusou de ser um anarquista.
Chicago, 2008. Vladimir
Brik, um escritor do leste europeu que vive no EUA, fica obsecado pela história
de Lazarus e decide trilhar o caminho inverso ao percorrido pelo jovem imigrante
do início do século XX. Seu objetivo é reconstruir a história do rapaz morto pela
polícia de uma cidade marcada por tensões étnicas e políticas, recuperando
elementos que ficaram de fora das páginas policiais.
EDITORA: ROCCO
TRADUÇÃO: MAIRA PARULA

segunda-feira, 2 de julho de 2018

VOSTOK: Ep.#33 "ANTES DA FESTA" (Saša Stanišić)





Saša
Stanišić
, nasceu na Bósnia em 1978, na adolescência fugindo da guerra
que assolou o seu país, conseguiu se estabelecer com a família na Alemanha. Estreou
na literatura com o romance “Como o soldado conserta o gramofone”, recebendo vários
prêmios literários.
“Antes da
Festa” seu segundo romance, vai narrar as vinte quatro horas na vida de uma
pequena aldeia na Alemanha, antes de uma festa que acontece durante muito
tempo, embora ninguém saiba o que esteja sendo celebrado.
Saša
Stanišić
, cria um esquadrão de personagens que nos desafiam a cada
capítulo na busca de uma simples celebração, que ninguém sabe o que é, mas
todos sentem e vivem aquele momento. O leitor é desafiado e se vê também em uma
singela preparação através da leitura a resistir. Resistir a um tempo que
velozmente cria o desaparecimento de sentimentos, pessoas, cidades, sentidos,
ideologias. Este livro é uma luta contra o desaparecimento não apenas de uma
aldeia na Alemanha. Mas contra o desaparecimento da vida.
Um romance
polido, irônico repleto de crítica aos dias atuais no sentido em que muitos
celebram tantas festas, e ao mesmo tempo nem sabem o real sentido, a essência daquele
momento.
O capítulo
2 começa dessa forma “Nós somos, por natureza, interessados em história”, e realmente
Saša Stanišić
faz o leitor não apenas ler as suas histórias, mas sim,
vivencia-las.  O texto descortina em nós
uma verdade absoluta e esquecida: “A vida é tão rara”
EDITORA:
FOZ
TRADUÇÃO:
MARCELO BACKES