"ninguém poderá construir em seu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida, ninguém exceto tu, somente tu. Existem por certo, inúmeras verdades, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te do outro lado do rio; mas isto te custaria a tua própria pessoa, tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Para onde leva? Não perguntes, segue-o" (F. Nietzsche)
terça-feira, 3 de abril de 2018
VOSTOK Ep.#21 O ANO NU (BORIS PILNIÁK)
Fala Galera!!!!
Bora Falar sobre Narrativas da Revolução?
Boris Pilniák (1894-1938) Nasceu em 1894 nos arredores de Moscou. Seu nome verdadeiro era “Boris Andriêievitch Vogau”. Seus pais eram ativos no movimento populista russo, e com isso Pilniák cresceu em uma atmosfera bastante singular. Sua carreira literária tem inicio em 1915, onde começar publicar seus artigos e contos em um periódico de Moscou.
E em 1922 lança o livro “O Ano Nu”; recebendo muitas críticas positivas. A partir daquele momento a carreira literária do autor teve autos e baixos. Seus aspectos polêmicos chamaria a atenção de uma forma negativa. Sobretudo a questão do erotismo em que o autor abordava suas tramas. Sua carreira literária foi interrompida depois que ele foi acusado de espionagem, sendo preso e executado.
No entanto Pilniák continua sendo, ao lado de Bábel, uma das mais extraordinárias expressões da Revolução Russa. Suas narrativas, que não tem começo nem fim, constituem uma espécie de imensa crônica da Revolução.
O Ano Nu, chamado pelos críticos “a primeira resposta à revolução” tem posição singular entre as narrativas que procuram captar, no calor da hora, a atmosfera caótica que marca os primeiros anos da Revolução Russa. Publicado em 1922, este livro transcorre num vilarejo à beira das estepes orientais, onde acompanha o declínio da nobreza rural e ascensão dos camponeses. Pilniák retrata a Revolução em seu habitat natural, isto é, na Rússia Rural. Exemplo da chamada “prosa ornamental” repleto de arcaísmo, onomatopeias, refrãos, citações de crônicas antigas, uma verdadeira “colagem literária” com um universo totalmente fragmentado, que deu a Boris Pilniák o título de autor audacioso. Boris não apenas falou sobre a Revolução, ele fez a sua Revolução... Uma Revolução Literária!!!!
Um livro Extraordinário Galera... sem contar a Tradução impecável de Lucas Simone
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